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René Descartes e as Fake News

O meio virtual potencializou a propagação de informações, atribuindo destaque nacional quanto aos anseios por identificar a veracidade dos dados e fontes, com escopo em evitar as notícias falsas, também denominadas “fake news”.

E as causas deste cenário de incertezas estão evidenciadas no tripé existente entre: a irresponsabilidade de usuários ao propagar informações sem prévio aprofundamento, cumulada com a ineficiência das mídias em coibir tais divulgações, bem como a permissividade legal frente a ausência de sanções rigorosas.

Indo direto ao ponto, na maioria das vezes as fake news são divulgadas com a intenção de ludibriar alguém, obter ganhos financeiros desproporcionais ou ainda auferir vantagem de modo desleal ou indevido, seja na esfera pública ou privada, individual ou coletiva.

E onde entra a Filosofia nisso tudo?

Simples! Se em momento anterior a metáfora das “Três Peneiras” de Sócrates (400 a.C.), baseada na “verdade, bondade e necessidade” ensinou-nos que devemos controlar o nosso ímpeto imediatista, evitando a sedução pela novidade e escândalo, quase dois mil anos após, René Descartes (1600 d.C.), antecipa a filosofia moderna e apresenta o pensamento cartesiano como método capaz de, analogicamente, também enfrentar as fake news.

Pois bem, Segundo Descartes, também conhecido como o “Pai da Filosofia Moderna, do método cientifico e cartesiano”, bem como legítimo precursor da Doutrina Espírita de Allan Kardec, para se chegar à verdade é necessário adotar um método baseado na sequência lógica existente entre a dúvida, verificação, analise, síntese e enumeração.

Sendo assim, o método propõe a dúvida e a não aceitação de dogmas consolidados como instrumento para a busca pelo conhecimento verdadeiro. Isto porque deveríamos conhecer o maior número possível de informações, com o mínimo possível de regras, tendo o homem condições e princípios inatos para distinguir, com o uso do bom-senso e da razão, o verdadeiro do falso.

Ou seja, duvidar de qualquer fato a princípio e, por consequência, buscar outras fontes para se obter o conhecimento racional e reflexivo, amplia e ratifica a máxima do Filósofo: “duvido, logo penso, logo existo”!

Por derradeiro, num mundo em que as falsas notícias são propagadas de forma rápida, abrangente e impactante, duvidas, perguntas, curiosidades, intuição e sensibilidade no sentido mais pueril da terminologia, Descartes, em seu livro “Discurso do Método”, ressalta que não é o que vemos que comanda o mundo, mas sim o que não vemos, onde cada um de nós pode ir sempre mais além, em cada conteúdo posto, cotidianamente, aos nossos olhos.

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